05/09/2012
Visão Subnormal: Especialista do H.Olhos mostra como reabilitação mantém independência e qualidade de vida do paciente
Cerca de quatro milhões de pessoas sofrem de Visão Subnormal (também conhecida como baixa visão), segundo Relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. O problema acontece quando óculos comuns, lentes de contato ou implantes de lentes intra-oculares não conseguem dar uma visão nítida à pessoa.
O mal não deve ser confundido com cegueira, pois por meio de alguns recursos é possível a execução de tarefas rotineiras e até leitura de materiais impressos. “O paciente tem 20% ou menos da visão considerada normal e pode apresentar alteração do campo visual com ausência ou diminuição da visão periférica. É como se a pessoa estivesse olhando por dentro de um tubo quando há a tentativa de fixação do olhar em um objeto”, afirma Celina Tamaki, coordenadora do Departamento de Reabilitação Visual do H.Olhos (Hospital de Olhos Paulista).
Apesar de mais frequente entre idosos, a Visão Subnormal pode acontecer em qualquer idade. Em crianças, a reversão é possível com programas de estimulação visual precoce.
O número de portadores tende a aumentar, tanto pela maior expectativa de vida da população quanto pela não-existência de cura para a mais frequente das doenças que provocam visão subnormal: a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) do tipo seca. A baixa visão também pode ser provocada por doenças como diabetes, descolamento de retina, glaucoma, catarata e traumas oculares.
O paciente com Visão Subnormal apresenta: dificuldade na leitura (do dia a dia, na escola, no trabalho); dificuldade em reconhecer faces (principalmente detalhes); dificuldade na locomoção (campo visual com alterações) e dificuldade em realizar tarefas visuais específicas (trabalhos manuais, atividades de lazer como jogos de cartas, etc)
“A reabilitação não recupera o que foi perdido, mas pode maximizar a visão residual, com a adaptação e treinamentos para perto e para longe. O objetivo é manter ao máximo a independência e a qualidade de vida do paciente”, explica Celina.
Os equipamentos para auxiliar pessoas com Visão Subnormal podem ser:
ópticos - Há, basicamente, cinco tipos: óculos com lentes de alto grau (bem mais fortes do que as regulares), lupas de mão, lupas com apoio, telescópios e CCTV (closed circuit TV - um sistema de camera de televisão acoplada a um monitor que tem por finalidade ampliar o texto focalizado pela câmera).
não ópticos - material ampliado, luminárias de mesa, material com alto contraste, apoio de leitura entre outros;
eletrônicos: programas de informática de ampliação e sistemas de magnificação eletrônica.
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