23/10/2014
Olhos irritados e visão embaçada? Conheça a síndrome do usuário do computador
Longas jornadas de trabalho ou de estudo são as principais causas desse desconforto

Como meio de comunicação, diversão, estudo ou trabalho, o uso do computador tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas. Se você é daqueles que passa horas conectado, é melhor tomar cuidado: você pode sofrer de Síndrome do Usuário do Computador, um termo originário do inglês, o Computer Vision Syndrome.
Causada pela má “lubrificação” dos olhos, a síndrome é
uma reação natural do ser humano frente à atividade ocular interativa e
estática dos olhos quando usamos um microcomputador, muito semelhante à
leitura ou televisão. Este tipo de atividade contínua pode também
piorar quando associado a outros fatores como o estresse, a presbiopia
(dificuldade em enxergar de perto devido a idade), o cansaço, a falta de
sono e outros fatores como ar condicionado e poluição. “Devido
ao uso constante do computador, a frequência do piscar diminui, causando
ressecamento dos olhos e o olho vermelho associado à coceira,
lacrimejamento, maior sensibilidade à luz e sensação de peso nas
pálpebras”, alerta o oftalmologista Richard Yudi Hida.
Ainda
de acordo com o especialista, pacientes com histórico de doenças
oculares são mais afetados pelo problema. “Aqueles que têm
hipermetropia, astigmatismo ou dificuldade para enxergar de perto
(presbiopia), são mais vulneráveis a desencadearem o problema mais
facilmente, principalmente se não consultarem um oftalmologista
regularmente. É possível detectar este problema precocemente para evitar
problemas mais graves no futuro", explica o especialista.
O
oftalmologista ressalta que o uso prolongado do computador, combinado a
locais com ar condicionado, agravam os sintomas. “Pessoas que trabalham
em ambientes fechados com ar condicionado, estão mais suscetíveis a ter
este problema, pois o ar gelado e seco desencadeia o ressecamento ocular, que expõe a superfície ocular da córnea causando os sintomas citados”,
esclarece. Apesar de ser mais comum em adultos, crianças e
adolescentes podem desenvolver o problema. “A síndrome não se limita aos
adultos, e pode dar sinais em crianças e adolescentes que usam o
computador para estudo ou lazer”, contemporiza Hida.
Confira abaixo as dicas do oftalmologista Richard Yudi Hida para evitar os sintomas da Síndrome da Visão do Computador:
Piscar
Piscar
várias vezes ajuda a lubrificar os olhos e previne irritações oculares.
“Quando estiver diante do computador, procure realizar intervalos de um
ou dois minutos a cada 2 a 3 horas para descansar os olhos piscando
várias vezes seguidas, olhando para longe (mais que 6 metros)”, afirma.
Iluminação
Controlar
a iluminação também ajuda. “Quando estiver usando um microcomputador,
controle as iluminações que possam provocar reflexos na tela do
microcomputador ou na mesa. Observe as intensidades das lâmpadas do
ambiente e entrada de luz natural da janela ou espelhos”, recomenda oftalmologista.
Brilho
Reduzir
o brilho produzido pelas superfícies planas e pela tela do computador é
uma dica importante. Hoje, a maioria das telas dos computadores povocam
pouco reflexo. Aumentar a frequência de varredura do monitor (em Hz)
pode ajudar a cansar menos os olhos.
Descanso e bom sono
Pausas
mais longas também é uma das maneiras de evitar o estresse visual e
psicológico, mas não existem evidências a respeito destes fatores na
síndrome do usuário do computador. “Apenas o descanso apropriado do
corpo, da mente e procurar ter boa quantidade e qualidade do sono de
forma sensata, nos permite ter boa qualidade da visão durante a jornada
de trabalho”, finaliza Hida.
Sobre Dr. Richard Yudi Hida
Dr.
Richard Yudi Hida é um dos maiores cirurgiões oculares reconhecido
mundialmente. Há quase 20 anos, Dr. Richard Yudi Hida atua na área de
oftalmologia clínica e cirúrgica, no tratamento das mais variadas
doenças visuais.
O
profissional é especializado em oftalmologia pelo Departamento de
Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. Foi Fellow nas 2 melhores
Universidades do Japão (Keio University- School of Medicine e Kyorin
University) onde dominou várias áreas da oftalmologia cirúrgica.
Atualmente,
é chefe do Setor de Catarata do Departamento de Oftalmologia da Santa
Casa de São Paulo, responsável por cerca de 500 cirurgias por mês.
É
também diretor técnico do Banco de Tecidos Oculares da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo, responsável por coordenar a distribuição de
tecidos oculares para transplante desta instituição.
O profissional ainda é membro da equipe de Transplante de Córnea da Santa Casa de São Paulo.
É
médico voluntário, colaborador e membro do Grupo de Estudo em
Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade de São
Paulo (USP), responsável por orientar inúmeras pesquisas internacionais
sobre tratamento e diagnóstico de doenças da superfície ocular.
Dezoitocom