Com
a chegada do outono cresce a incidência de alergias respiratórias, mas,
o que poucos sabem, é que a estação também propicia o aumento do número
de casos de alergia ocular, principalmente devido ao ar seco, piora da
poluição, redução das chuvas, com consequente ressecamento dos olhos. No
Brasil, nesta época do ano, a ocorrência do problema piora de forma drástica.
A
alergia ocular pode atingir pessoas de todas as idades, causando
reações imunológicas na córnea e conjuntiva com piora da transparência
da córnea e até graves inflamações. “A alergia ocular, também conhecida
como conjuntivite alérgica, é uma infecção na conjuntiva, membrana que
recobre a parte interna da pálpebra. Os principais sintomas são coceira
nos olhos, ardor, sensibilidade à luz, sensação de secura, dor, olho
vermelho, lacrimejamento, secreção e inchaço palpebral ou da
conjuntiva.”, alerta o oftalmologista Dr. Richard Yudi Hida.
“É importante entender que a causa da doença é sistêmica e não ocular,
ou seja, se não tratar da alergia sistêmica, dificilmente consegue
controlar a alergia ocular. O
controle da deonça sistêmica é a chave do tratamento. Identificando e
evitando os agentes causadores de alergia (tanto ocular ou sistêmica),
os sintomas apresentarão melhora significativa, porém, não trata a causa
primária”, explica o especialista.
Os
alérgenos mais comuns são pólen, ácaros, poeira e pêlos de animais.
Porém, como nem sempre é fácil ou possível evitá-los, alguns cuidados
podem ajudar no alívio dos sintomas, dentre eles, compressas geladas com
olhos fechados para melhorar coceira e utilizar medicações oculares
prescritas pelo oftalmologista para controle das inflamações, sempre que
necessário.
No
entanto, é importante ter cuidado, pois caso não sejam tratadas
adequadamente, a alergia ocular pode se transformar em lesões graves da
córnea, como ceratites, úlceras e cicatrizes. “Todas estas complicações
são potencialmente graves e podem levar à diminuição da visão”, afirma o
oftalmologista. “Sempre que os sintomas da alergia ocular forem
persistentes e recorrentes, torna-se necessário procurar o
oftalmologista, que fará um diagnóstico mais preciso, essencial para o
início imediato do tratamento”, complementa.
PROTEGENDO OS OLHOS
O
que fazer para que a alergia ocular não se instale? Como preveni-la? O
especialista recomenda realizar limpeza local ao redor das pálpebras e
nos cílios, local onde se acumula os alérgenos. A limpeza deve ser
realizado ao banho todos os dias utilizando qualquer sabonete ou shampoo
neutro. Não se recomenda o uso de qualquer tipo de colírio ou medicação
nos olhos sem orientação ou prescrição médica do seu oftalmologista.
Outras medidas indicadas pelo Dr. Richard são: evitar
coçar os olhos podendo provocar lesões na superfície ocular e cuidado
com produtos químicos que podem irritar a mucosa, como os protetores
solares usados ao redor dos olhos.
Sobre Dr. Richard Yudi Hida
Dr.
Richard Yudi Hida é um dos maiores cirurgiões oculares reconhecidos
mundialmente. Há quase 20 anos, Dr. Richard Yudi Hida atua na área de
oftalmologia clínica e cirúrgica, no tratamento das mais variadas
doenças visuais.
O
profissional é especializado em oftalmologia pelo Departamento de
Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. Foi Fellow nas 2 melhores
Universidades do Japão (Keio University- School of Medicine e Kyorin
University) onde dominou várias áreas da oftalmologia cirúrgica.
Atualmente, é chefe do Setor de Catarata do Departamento de Oftalmologia
da Santa Casa de São Paulo, responsável por cerca de 500 cirurgias por
mês.
É
também diretor técnico do Banco de Tecidos Oculares da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo, responsável por coordenar a distribuição de
tecidos oculares para transplante desta instituição. O profissional
ainda é membro da equipe de Transplante de Córnea da Santa Casa de São
Paulo. É médico voluntário, colaborador e membro do Grupo de Estudo em
Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade de São
Paulo (USP), responsável por orientar inúmeras pesquisas internacionais
sobre tratamento e diagnóstico de doenças da superfície ocular.